A blogueira brasileira Mariana Ferrer usou seu Instagram, na segunda-feira (20/05), para denunciar que foi vítima de estupro em dezembro do ano passado, durante uma festa, após ter sido dopada.
"Não irei me calar mais. Esse sigilo que está protegendo apenas o estuprador acaba agora", disse ela (confira o depoimento completo abaixo). "15 de dezembro de 2018, Florianópolis, Santa Catarina. Não é nada fácil ter que vir aqui relatar isso. Minha virgindade foi roubada de mim junto com meus sonhos. Fui dopada e estuprada por um estranho em um beach club dito seguro e bem conceituado da cidade", começou ela.
"O agressor não se aproximou de mim quando eu estava lúcida. Eu não tenho lembranças dele. Fui levada para um lugar desconhecido por mim e acredito que também seja para a maioria das pessoas que lá frequentam (...). Nenhuma das pessoas que me acompanhavam no dia me socorreu, pelo contrário, me abandonaram, negaram meus pedidos de socorro, e todas as provas levam a crer que compactuaram para que o estuprador pudesse agir", completou a blogueira.
"Uma pessoa que está dopada ou bêbada não tem condições de dar seu consentimento, ficando altamente vulnerável, por isso são chamadas 'drogas do estupro'. Não existe desculpa para violência sexual. Fazer qualquer ato lbidinoso/ter conjunção carnal com mulher embriagada ou dopada é considerado, segundo a lei, estupro de vulnerável, crime", escreveu a influencer em outro trecho.
"Consegui chegar em casa, graças a Deus. Minha mãe, ao ver meu estado, tirou minhas roupas e se deparou com a pior cena da vida dela, minhas roupas estavam cheias de sangue e odor forte de esperma (...). O estrago foi grande, físico e emocional. Danos psicológicos que infelizmente só quem também é a vítima pode mensurar."
Mariana ainda criticou como as investigações estão sendo conduzidas. "Nunca imaginei que passaria por isso na minha vida. Tenho pesadelos horríveis que me fazem dormir só depois do dia clarear, sentia dores fortes pra urinar, dores no corpo, entre as coxas. Em contrapartida, vejo a polícia civil empenhada em proteger apenas o criminoso e o local do crime por se tratar de pessoas de 'poder e dinheiro'. Aonde está o apoio devido à vítima e sua família, que são devastadas por tamanha crueldade?".
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